Rio de Janeiro e o Mundo Fotos Antigas - Tem por objetivo a tentativa de preservar a memória cultural do Brasil e de onde tiver acontecimentos que foram históricos ou marcantes, não só do Rio de Janeiro. Eu tentarei fazer isto através de fotos de pessoas, de peças, de filmes, de paisagens históricas, de documentos, e etc. Vamos lutar pela preservação da Memória Cultural, seja ela de onde for.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Luiz Paulo Horta - Um Imortal na redação de O Globo
Um imortal entre nós - Publica no Intranet, de circulação interna, para a redação de O Globo
"Recém-eleito para a Academia Brasileira de Letras, Luiz Paulo Horta fala de seus projetos e preferências culturais
Orgulho para músicos, jornalistas e, claro, para os funcionários da INFOGLOBO, o crítico musical do GLOBO Luiz Paulo Horta é o mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). Depois de se emocionar com o resultado da eleição secreta que lhe rendeu a cadeira de número 23 da instituição, ele conta um pouco do início da carreira em Comunicação e do projeto de um livro sobre a Bíblia.
Pingue-pongue com Luiz Paulo Horta
Nome completo: Luiz Paulo de Alencar Parreiras Horta.
Idade: 65 anos.
Tempo de trabalho na INFOGLOBO: 18 anos.
Bairro onde nasceu: Botafogo.
Prato favorito: Cozido.
Time de futebol: Eu era Flamengo ...
Livro que está lendo no momento: “Os Irmãos Karamazov”.
CD que está ouvindo no momento: “Cantatas de Bach”.
Nome dos filhos e netos: Ana Magdalena, José Maurício e Ana Clara (filhos). Rosa Marina, Gabriel, Juliano, Arthur (netos).
Formação: Cursos de música nos Seminários de Música Pró Arte. Quando eu comecei a fazer jornalismo, a faculdade ainda não era obrigatória.
Livros publicados: “Caderno de Música”, “Dicionário de Música Zahar”, “Guia da Música Clássica em CD”, “Sete noites com os clássicos”, “Villa-Lobos, uma Introdução” e “Dicionário Grove de Música” (organização da edição brasileira, com Luiz Paulo Sampaio).
Como se sente sendo o primeiro integrante da ABL diretamente ligado à música?
- É ótimo ser a primeira pessoa ligada à música que atravessa as portas da Academia. É um sinal de valorização da nossa atividade (eu me considero músico, além de jornalista).
Depois de estudar piano e teoria musical, como foi sua trajetória até se tornar crítico de música em um jornal? O que o atraiu para o jornalismo?
- Comecei a fazer jornal por acaso, no extinto Correio da Manhã. Eu tinha 20 anos. Deu certo, fui ficando, e agora já entrou na veia.
No ano em que se comemora o centenário da morte de Machado de Assis, ocupar a cadeira que já foi dele torna sua eleição ainda mais especial. Qual livro do autor mais marcou sua vida e por quê?
- Gosto de quase tudo que Machado escreveu, em especial "Dom Casmurro" e "Memorial de Aires".
Com que mestres da literatura e da música você gostaria de tomar o famoso “chá das cinco” da ABL e por quê?
- Seria um privilégio conhecer o próprio Machado de Assis. Acho que ele é um padrão de cultura brasileira, que merece a mais profunda atenção. Na música, gostaria muito de ter conhecido o lendário Villa-Lobos, que era uma figura mitológica – para mim, o mais brasileiro dos nossos gênios.
Você, que já é membro da Academia Brasileira de Arte e da Academia Brasileira de Música há alguns anos, tem alguma curiosidade sobre a ABL? Como espera contribuir com as atividades da casa, inclusive as culturais?
- A gente aprende aos poucos a melhor maneira de colaborar. Por enquanto, ainda estou aprendendo.
Qual a principal contribuição do jornalismo para a literatura contemporânea?
- Objetividade, timing, mão leve.
É verdade que você está preparando um livro sobre a Bíblia? Fale um pouco sobre este e outros projetos literários em andamento.
- É verdade, deve se chamar "Uma introdução à Bíblia". É resultado de um grupo de estudos que mantive por dez anos na minha casa, em que eu era uma espécie de monitor e departamento de pesquisa. Quando a gente se aprofunda nesse território, o efeito é extraordinário. Não é um livro: é um diálogo com o infinito. E continua a ser o livro-texto da nossa civilização. Gostaria de terminar o meu livrinho, despretensioso, até o final de 2009. Vamos ver se eu consigo.
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